terça-feira, 1 de setembro de 2015

Gonçalense e São Gonçalo FC “duelam” no Partage Shopping

Notícia A Vento, o primeiro web programa dedicado ao clássico da Manchester Fluminense.
Segunda (31/08) presenciei uma cena inusitada no Partage Shopping (Antigo Boulevard) em São Gonçalo.
Dois casais passavam em direções opostas sendo que um homem estava com a camisa do Gonçalense e o outro com o uniforme do São Gonçalo Futebol Clube, arquirrivais na município, ambos se encararam, o torcedor do Gonçalense sem perder tempo, bateu com o punho cerrado no escudo tricolor, demostrando orgulho, já o torcedor do SGFC, largou a mão da mulher, esticando o brasão do clube, para em seguida beijar o escudo fervorosamente.
Eles seguiram seus caminhos, ninguém do shopping notou e eu fiquei lá, como testemunha de faroeste, imaginando o futuro do futebol de São Gonçalo. Depois dessa manifestação pública, fiquei mais otimista!
Abaixo, segue alguns registros em vídeos do clássico da Manchester Fluminense feito pelo coletivo audiovisual Moinhos de Vento.
SGFC x Gonçalense – Primeiro jogo da final da série c do Campeonato Carioca em 2014.
Gonçalense x SGFC – Segundo jogo da final da série c do Campeonato Carioca em 2014.
SGFC x Gonçalense – Campeonato Carioca série b em 2015.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Mestre Ziza e suas pegadas pela cidade

Segunda coluna no Jornal Extra do Rio de Janeiro. Na coluna do historiador Alex Wölbert responsável pela coluna "Memória - História e curiosidades da região".




domingo, 23 de agosto de 2015

Flamengo x São Paulo: Maracanã, Poema com Xutos & Pontapés

Nessa tarde de domingo agostina estive no Maracanã assistindo Flamengo 2 x 1 São Paulo, partida valida pelo Campeonato Brasileiro,mas, não irei escrever sobre o jogo até porque há inúmeros outros sites que farão, apenas compartilharei a poesia que pensei naquele instante.


Maracanã: Nós e o Futebol


Oh! Miragem... Hoje, mais uma vez
Te desejei e imaginei e qual é a novidade disso?
Já que dessa vez não foi diferente das outras
Em mais uma peleja do Flamengo
Há pouco no Maracanã, queria-te lá Como amante e acompanhante
Para dividirmos aquele mundo...
Que o colossal estádio abriga em seus jogos
Com exceção evidentemente da torcida são paulina
Havia gente de todo tipo, torcendo pelo Mengo
flamenguistas legítimos  e outros não rubro-negros
Que naquele instantes tornarem-se Flamengo

Havia gaúchos colorados, casal de argentinos xeneizes 
Alemães vestindo a FlAlemanha, torcedor do Piauí Esporte Clube 
E uma gringa com a camisa do Guerrero 
Gritando até ficar rouca: "Go, Flamengo!"
 
E lá fiquei a imaginar, qual seria a tua reação
Nos imaginando também com algum filho nosso
Fim de jogo, alegria rubro-negra, conhecidos e estranho
Em comunhão efêmera do êxtase da vitória 

E eu ainda ali no meio daquele caldeirão de emoções 
Onde nosso céu era o campo de futebol
Sim, pois eu não era o único a olhar para aquele verde céu
Sei que não és rubro-negra ainda

Mas naquele local que chamo de
lar 
E quem sabe algum dia num futuro 
Próximo ou distante
Poderemos chamá-lo de nosso lar?
Ao sair, me fiz um questionamento
Como parte dos presentes não eram flamenguistas mas torceram para o Fla
Vibrando, se entregando àquela luta épica e lúdica

Que não mudará a sociedade mas mudou o astral
De quem ali estava que certamente mudou de outras pessoas
Que encontraríamos no pós Maracanã e como somos protagonistas
Das vidas alheias além da nossa, logo alguma coisa também mudará

Sendo assim, o que sobre mudará em nossa vida?
Tu não sabes e nem eu... ,
Talvez descobriremos em algum jogo do Flamengo
E então, quando vamos? O Maraca é nosso!

Além do poema de ordem pessoal mas que também registra aquela tarde de ode ao esporte bretão, ao ver a imagem abaixo, não hesitei em fotografar a imagem abaixo. 

Foto: Rennan Rebello embalado por Xutos & Pontapés
Porque vendo aquela multidão torcendo e olhando para o campo como se fosse o céu, dentro da minha mente envolvida dentro daquele caldeirão de emoções, tocava uma música no último volume da banda de rock n´roll portuguesa, Xutos & Pontapés, e eu não conseguia mais escutar ninguém, principalmente em algumas estrofes chaves:

Pensas que eu sou um caso isolado
Não sou o único a olhar o céu
A ouvir os conselhos dos outros
E sempre a cair nos buracos
A desejar o que não tive

Agarrado ao que não tenho

Não, não sou o único
Não sou o único a olhar o céu
E quando as nuvens partirem
O céu azul ficará

E quando as trevas abrirem
Vais ver, o sol brilhará
Vais ver, o sol brilhará...

Não, não sou o único
Não, sou o único a olhar o céu
Não, não sou o único
Não, sou o único a olhar o céu...


Enfim, obrigado, futebol! E claro, obrigado, Flamengo pela tarde de emoção que foi bastante importante pra mim, pois, levei a minha irmã pela primeira vez ao eterno Maraca, e foi impagável o quanto foi positiva a experiência. Indescritível! 

Melhores momentos da partida.



Torcida do Flamengo manifestando-se durante a escalação do time.

FICHA TÉCNICA:
FLAMENGO 2 x 1 SÃO PAULO
Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 23 de agosto de 2015, domingo
Horário: 16 horas
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa-RS)
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (Fifa-GO) e Fábio Pereira (Fifa-TO)
Cartões amarelos: Canteros, Alan Patrick, Wallace e Everton (FLA) e Bruno e Thiago Mendes (SP)
Gols: Luiz Eduardo (SP), aos 35 minutos e Ederson (FLA), aos 42 minutos do primeiro tempo; Guerrero (FLA), aos três minutos do segundo tempo.
FLAMENGO: César; Pará, Wallace, Samir e Everton; Márcio Araújo, Canteros, Alan Patrick (Luiz Antonio) e Ederson (Paulinho); Emerson e Guerrero
Técnico: Oswaldo de Oliveira
SÃO PAULO: Renan Ribeiro; Bruno (Auro), Lucão (Wesley) e Luiz Eduardo e Michel Bastos; Rodrigo Caio, Hudson, Thiago Mendes e Carlinhos; Centurión (Wilder) e Alexandre Pato
Técnico: Juan Carlos Osorio

UM GRANDE DIA

Por Victor Escobar

Hoje foi um dia muito movimentado no Barbosão, nosso eterno Campo do Anchieta. A casa ficou abarrotada para receber a disputa de terceiro lugar e a final do campeonato de veteranos da região. Não havia espaço: a arquibancada do Boca Maldita foi tomada junto com os espaços próximos ao campo, o bar, a sede social e até as lages das construções vizinhas. A disputa de terceiro lugar foi entre o Marola, representando Anchieta, e o Raccing de Vila Emil, que fizeram uma partida surpreendente.

Tudo conspirava contra o time de Anchieta, que sofreu muitos problemas internos durante o campeonato, resultando inclusive um desmembramento após a derrota que o tirou na final. Então, na disputa de terceiro lugar, o time entrou com apenas nove jogadores em campo contra os 11 do adversário.

Mas isso não foi suficiente para impedir uma grande exibição do Marola, que aplicou uma goleada histórica de 6x1 com direito a cinco gols do atacante Toninho, filho do primeiro porteiro do Sport Club Anchieta.
Crescido naquele campo, o número 9 deitou e rolou; pintou o sete. Fez um golaço de fora da área, outro de cobertura e um aplicando um lindo chapéu no goleiro. Dos outros dois não me lembro muito bem.

Entretanto, nenhum desses lances mágicos foi o melhor da partida. Isso ficou a cargo do Seu Luis, número 8 do Marola. Durante o primeiro tempo, sem nenhuma cerimônia, ele se deitou em um canto do gramado para tirar a cueca. Não satisfeito, com a cueca na mão e já vestido, fez questão de explicar para a torcida que ela estava incomodando, "entrando no rego" nas palavras dele.

Depois disso tudo, que já fez valer o meu domingo, houve a final feita por dois times nilopolitanos: XV de Novembro contra Filhos de Nilópolis.Foi totalmente diferente: tinha bandeirão, foto oficial, treinadores uniformizados, banco de reservas lotado, árbitro profissional, assistentes, presença de político, torcida organizada e até um sósia do Baloteli. Só não tinha a mesma empolgação do jogo anterior. Não tinha brilho. Estava truncado e chato, sem nenhuma jogada de efeito e nenhuma finalização. Deixou de ser amador e virou profissional demais.Resisti ao primeiro tempo até que, no intervalo, descobri que o bar do Seu Raimundo enfim estava aberto e, claro, fui para lá beber uns biricoticos e jogar conversa fora. 

Não vi o segundo tempo, mas tenho certeza de que o título ficou com um dos nilopolitanos.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O GOL DA SALVAÇÃO (ou "O dia em que Walter Prado jogou contra o menino Pelé")


Recorte do jornal "A Gazeta Esportiva", de
17 de agosto de 1959. Acervo da família de W. Prado.
Logo na primeira vez que abri o baú de recordações de Walter Prado, um dos maiores atacantes de Anchieta, pude perceber que ele era extremamente caprichoso e organizado.

Por muitos anos, ele manteve o hábito de recortar todas as manchetes e reportagens de jornal nas quais ele apareceria e de colá-las cuidadosamente em grandes livros-catálogos comprados na famosa Papelaria União, localizada na Rua do Ouvidor nº 77.

Junto com os recortes, ele fazia questão de escrever, à mão ou a máquina, a data da reportagem e o jornal que publicou.

Então, como conseguiu obter certo sucesso na carreira, o veloz centroavante encheu alguns livros com recortes de O Globo, A Gazeta Esportiva, Última Hora, Diário de Notícias, Correio da Manhã, Jornal dos Sports, O Cruzeiro, Diário da Noite e foi até destaque em algumas edições de A Notícia na época dos Rodrigues, sem contar com outros jornais da época.

Na maioria das vezes, as notícias eram sobre seus gols ou sobre as façanhas dos times pelos quais jogou. Em poucas ocasiões, até para ser honesto com a sua história, Walter Prado colava também suas decepções, como a dolorosa derrota do seu surpreendente Bonsucesso para o São Cristóvão por 3X0 no campeonato carioca de 1955, resultado que nem os grandes times do Rio conseguiram.
Mas teve uma reportagem que, se não fosse o gol da salvação, o camisa 9 faria questão de não guardar. 

Diferente do que foi milagrosamente estampado no jornal, a história integral só não foi esquecida de vez porque os integrantes da "Boca Maldita" (parte da pequena arquibancada do Barbosão, também conhecido como Campo do Anchieta, onde velhos ex-jogadores se reúnem para falar mal do presente, do futuro e um pouquinho do passado) fizeram questão de me contar.

Em 1959, pelo campeonato paulista, coube ao Taubaté de Walter tentar acabar com a invencibilidade do Santos, que tinha um menino bom de bola, um tal de Pelé.

O camisa 10 ainda não era Rei, mas já incomodava demais. Sempre foi craque. Por isso, o técnico do Taubaté pediu aos seus jogadores uma "marcação mais forte" para intimidar o garoto.
Embora calçasse 37-38, Walter Prado era um rapaz alto e robusto. E, naquela altura do jogo, bastante irritado também. O aspirante a rei já tinha feito um gol e estava distribuindo fintas e canetas nos adversários.

Já sem paciência, o atacante do Taubaté esperava o momento certo para dar um bote e machucar Pelé. Parecia que seria numa batida de lateral. Estava tudo planejado: a cobrança seria feita, Pelé receberia a bola e ele chegaria forte por trás e jogaria o santista no alambrado.
Mas não deu muito certo. Percebendo a maldade, Pelé deu um balão fantástico em Walter e foi ele quem foi parar no alambrado, bem em frente aos jornalistas e fotógrafos.
Foi uma cena tão humilhante, mas tão humilhante que ganharia todas as capas de jornal do dia seguinte.

E só não ganhou porque o Walter Prado se redimiu com um belo gol de cabeça, estufando as redes de Manga, e o Taubaté empatou com o Santos, que até aquela partida não tinha sentido o sabor diferente ao da vitória. 

É bem verdade que o alvi-azul paulista já não tinha muita pretensão no campeonato e que a partida não valia muita coisa, mas, pelo menos para Walter, foi o gol da salvação... pessoal!
Se não fosse por ele, o caprichoso camisa 9 não poderia comprar nenhum jornal na manhã do dia após a partida.

Série: Futebol é conteúdo de sala de aula, SIM! (Parte 1)

Inaugurando a série "Futebol é conteúdo de sala de aula, SIM!" aqui no blog que trará atividades que são implementadas em classe ou que poderiam ser inseridas em sala de aula, usando sempre o futebol, como meio para explicar algum conteúdo específico. A foto abaixo traz duas questões da prova História eferente a América Latina, da turma do oitavo ano fundamental da Professora Carlize Schneider do Colégio Dois Mil da terra do Luverdense Esporte Clube da cidade de Lucas do Rio Verde do estado do Mato Grosso.


Então, alguém ainda duvida que futebol pode/deve ser conteúdo de sala de aula? Aproveitando o espaço, segue uma reportagem realizada pelo coletivo audiovisual Moinhos de Vento em seu webprograma ÉÉÉÉSPORTE!Web programa que tem o intuito de mostrar várias facetas do esporte, focando nos bastidores e na questão cultural, dando vazão a outras modalidades além do futebol. Mas nesta matéria, o título é bem sugestivo: Futebol na Biblioteca referente ao curso de extensão realizado na Biblioteca Pública de Niterói, A História do Futebol no Rio de Janeiro: do amadorismo ao profissionalismo (1902-1937) ministrado pelo Professor Doutor Renato Coutinho, na Biblioteca Pública de Niterói/RJ.


Coutinho foi enfático na sua fala durante a entrevista defendendo a inserção do esporte bretão como meio didático, até porque, o futebol como já é de conhecimento geral, faz parte da cultura brasileira ou seja, torna-se mais próximo do cotidiano dos alunos. Vale ressaltar que o futebol nas escolas não é para estudar as táticas mas sim, o extra-campo: geopolítica, regionalidades, urbanização, trabalhismo (como fizeste Coutinho em seu curso) e por ai vai... 



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sábado, 15 de agosto de 2015

Esporte e Mídia: Novas Perspectivas - A Influência da obra de Hans Ulrich Gumbrecht

O evento acontecerá no dia 24 de agosto, às 18h, no Auditório da Pós-Graduação em Comunicação (Bloco F, sala 10.121) na UERJ campus Maracanã. 

Clique na imagem para vê-la ampliada