terça-feira, 1 de setembro de 2015

Gonçalense e São Gonçalo FC “duelam” no Partage Shopping

Notícia A Vento, o primeiro web programa dedicado ao clássico da Manchester Fluminense.
Segunda (31/08) presenciei uma cena inusitada no Partage Shopping (Antigo Boulevard) em São Gonçalo.
Dois casais passavam em direções opostas sendo que um homem estava com a camisa do Gonçalense e o outro com o uniforme do São Gonçalo Futebol Clube, arquirrivais na município, ambos se encararam, o torcedor do Gonçalense sem perder tempo, bateu com o punho cerrado no escudo tricolor, demostrando orgulho, já o torcedor do SGFC, largou a mão da mulher, esticando o brasão do clube, para em seguida beijar o escudo fervorosamente.
Eles seguiram seus caminhos, ninguém do shopping notou e eu fiquei lá, como testemunha de faroeste, imaginando o futuro do futebol de São Gonçalo. Depois dessa manifestação pública, fiquei mais otimista!
Abaixo, segue alguns registros em vídeos do clássico da Manchester Fluminense feito pelo coletivo audiovisual Moinhos de Vento.
SGFC x Gonçalense – Primeiro jogo da final da série c do Campeonato Carioca em 2014.
Gonçalense x SGFC – Segundo jogo da final da série c do Campeonato Carioca em 2014.
SGFC x Gonçalense – Campeonato Carioca série b em 2015.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Mestre Ziza e suas pegadas pela cidade

Segunda coluna no Jornal Extra do Rio de Janeiro. Na coluna do historiador Alex Wölbert responsável pela coluna "Memória - História e curiosidades da região".




domingo, 23 de agosto de 2015

Flamengo x São Paulo: Maracanã, Poema com Xutos & Pontapés

Nessa tarde de domingo agostina estive no Maracanã assistindo Flamengo 2 x 1 São Paulo, partida valida pelo Campeonato Brasileiro,mas, não irei escrever sobre o jogo até porque há inúmeros outros sites que farão, apenas compartilharei a poesia que pensei naquele instante.


Maracanã: Nós e o Futebol


Oh! Miragem... Hoje, mais uma vez
Te desejei e imaginei e qual é a novidade disso?
Já que dessa vez não foi diferente das outras
Em mais uma peleja do Flamengo
Há pouco no Maracanã, queria-te lá Como amante e acompanhante
Para dividirmos aquele mundo...
Que o colossal estádio abriga em seus jogos
Com exceção evidentemente da torcida são paulina
Havia gente de todo tipo, torcendo pelo Mengo
flamenguistas legítimos  e outros não rubro-negros
Que naquele instantes tornarem-se Flamengo

Havia gaúchos colorados, casal de argentinos xeneizes 
Alemães vestindo a FlAlemanha, torcedor do Piauí Esporte Clube 
E uma gringa com a camisa do Guerrero 
Gritando até ficar rouca: "Go, Flamengo!"
 
E lá fiquei a imaginar, qual seria a tua reação
Nos imaginando também com algum filho nosso
Fim de jogo, alegria rubro-negra, conhecidos e estranho
Em comunhão efêmera do êxtase da vitória 

E eu ainda ali no meio daquele caldeirão de emoções 
Onde nosso céu era o campo de futebol
Sim, pois eu não era o único a olhar para aquele verde céu
Sei que não és rubro-negra ainda

Mas naquele local que chamo de
lar 
E quem sabe algum dia num futuro 
Próximo ou distante
Poderemos chamá-lo de nosso lar?
Ao sair, me fiz um questionamento
Como parte dos presentes não eram flamenguistas mas torceram para o Fla
Vibrando, se entregando àquela luta épica e lúdica

Que não mudará a sociedade mas mudou o astral
De quem ali estava que certamente mudou de outras pessoas
Que encontraríamos no pós Maracanã e como somos protagonistas
Das vidas alheias além da nossa, logo alguma coisa também mudará

Sendo assim, o que sobre mudará em nossa vida?
Tu não sabes e nem eu... ,
Talvez descobriremos em algum jogo do Flamengo
E então, quando vamos? O Maraca é nosso!

Além do poema de ordem pessoal mas que também registra aquela tarde de ode ao esporte bretão, ao ver a imagem abaixo, não hesitei em fotografar a imagem abaixo. 

Foto: Rennan Rebello embalado por Xutos & Pontapés
Porque vendo aquela multidão torcendo e olhando para o campo como se fosse o céu, dentro da minha mente envolvida dentro daquele caldeirão de emoções, tocava uma música no último volume da banda de rock n´roll portuguesa, Xutos & Pontapés, e eu não conseguia mais escutar ninguém, principalmente em algumas estrofes chaves:

Pensas que eu sou um caso isolado
Não sou o único a olhar o céu
A ouvir os conselhos dos outros
E sempre a cair nos buracos
A desejar o que não tive

Agarrado ao que não tenho

Não, não sou o único
Não sou o único a olhar o céu
E quando as nuvens partirem
O céu azul ficará

E quando as trevas abrirem
Vais ver, o sol brilhará
Vais ver, o sol brilhará...

Não, não sou o único
Não, sou o único a olhar o céu
Não, não sou o único
Não, sou o único a olhar o céu...


Enfim, obrigado, futebol! E claro, obrigado, Flamengo pela tarde de emoção que foi bastante importante pra mim, pois, levei a minha irmã pela primeira vez ao eterno Maraca, e foi impagável o quanto foi positiva a experiência. Indescritível! 

Melhores momentos da partida.



Torcida do Flamengo manifestando-se durante a escalação do time.

FICHA TÉCNICA:
FLAMENGO 2 x 1 SÃO PAULO
Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 23 de agosto de 2015, domingo
Horário: 16 horas
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa-RS)
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (Fifa-GO) e Fábio Pereira (Fifa-TO)
Cartões amarelos: Canteros, Alan Patrick, Wallace e Everton (FLA) e Bruno e Thiago Mendes (SP)
Gols: Luiz Eduardo (SP), aos 35 minutos e Ederson (FLA), aos 42 minutos do primeiro tempo; Guerrero (FLA), aos três minutos do segundo tempo.
FLAMENGO: César; Pará, Wallace, Samir e Everton; Márcio Araújo, Canteros, Alan Patrick (Luiz Antonio) e Ederson (Paulinho); Emerson e Guerrero
Técnico: Oswaldo de Oliveira
SÃO PAULO: Renan Ribeiro; Bruno (Auro), Lucão (Wesley) e Luiz Eduardo e Michel Bastos; Rodrigo Caio, Hudson, Thiago Mendes e Carlinhos; Centurión (Wilder) e Alexandre Pato
Técnico: Juan Carlos Osorio

UM GRANDE DIA

Por Victor Escobar

Hoje foi um dia muito movimentado no Barbosão, nosso eterno Campo do Anchieta. A casa ficou abarrotada para receber a disputa de terceiro lugar e a final do campeonato de veteranos da região. Não havia espaço: a arquibancada do Boca Maldita foi tomada junto com os espaços próximos ao campo, o bar, a sede social e até as lages das construções vizinhas. A disputa de terceiro lugar foi entre o Marola, representando Anchieta, e o Raccing de Vila Emil, que fizeram uma partida surpreendente.

Tudo conspirava contra o time de Anchieta, que sofreu muitos problemas internos durante o campeonato, resultando inclusive um desmembramento após a derrota que o tirou na final. Então, na disputa de terceiro lugar, o time entrou com apenas nove jogadores em campo contra os 11 do adversário.

Mas isso não foi suficiente para impedir uma grande exibição do Marola, que aplicou uma goleada histórica de 6x1 com direito a cinco gols do atacante Toninho, filho do primeiro porteiro do Sport Club Anchieta.
Crescido naquele campo, o número 9 deitou e rolou; pintou o sete. Fez um golaço de fora da área, outro de cobertura e um aplicando um lindo chapéu no goleiro. Dos outros dois não me lembro muito bem.

Entretanto, nenhum desses lances mágicos foi o melhor da partida. Isso ficou a cargo do Seu Luis, número 8 do Marola. Durante o primeiro tempo, sem nenhuma cerimônia, ele se deitou em um canto do gramado para tirar a cueca. Não satisfeito, com a cueca na mão e já vestido, fez questão de explicar para a torcida que ela estava incomodando, "entrando no rego" nas palavras dele.

Depois disso tudo, que já fez valer o meu domingo, houve a final feita por dois times nilopolitanos: XV de Novembro contra Filhos de Nilópolis.Foi totalmente diferente: tinha bandeirão, foto oficial, treinadores uniformizados, banco de reservas lotado, árbitro profissional, assistentes, presença de político, torcida organizada e até um sósia do Baloteli. Só não tinha a mesma empolgação do jogo anterior. Não tinha brilho. Estava truncado e chato, sem nenhuma jogada de efeito e nenhuma finalização. Deixou de ser amador e virou profissional demais.Resisti ao primeiro tempo até que, no intervalo, descobri que o bar do Seu Raimundo enfim estava aberto e, claro, fui para lá beber uns biricoticos e jogar conversa fora. 

Não vi o segundo tempo, mas tenho certeza de que o título ficou com um dos nilopolitanos.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O GOL DA SALVAÇÃO (ou "O dia em que Walter Prado jogou contra o menino Pelé")


Recorte do jornal "A Gazeta Esportiva", de
17 de agosto de 1959. Acervo da família de W. Prado.
Logo na primeira vez que abri o baú de recordações de Walter Prado, um dos maiores atacantes de Anchieta, pude perceber que ele era extremamente caprichoso e organizado.

Por muitos anos, ele manteve o hábito de recortar todas as manchetes e reportagens de jornal nas quais ele apareceria e de colá-las cuidadosamente em grandes livros-catálogos comprados na famosa Papelaria União, localizada na Rua do Ouvidor nº 77.

Junto com os recortes, ele fazia questão de escrever, à mão ou a máquina, a data da reportagem e o jornal que publicou.

Então, como conseguiu obter certo sucesso na carreira, o veloz centroavante encheu alguns livros com recortes de O Globo, A Gazeta Esportiva, Última Hora, Diário de Notícias, Correio da Manhã, Jornal dos Sports, O Cruzeiro, Diário da Noite e foi até destaque em algumas edições de A Notícia na época dos Rodrigues, sem contar com outros jornais da época.

Na maioria das vezes, as notícias eram sobre seus gols ou sobre as façanhas dos times pelos quais jogou. Em poucas ocasiões, até para ser honesto com a sua história, Walter Prado colava também suas decepções, como a dolorosa derrota do seu surpreendente Bonsucesso para o São Cristóvão por 3X0 no campeonato carioca de 1955, resultado que nem os grandes times do Rio conseguiram.
Mas teve uma reportagem que, se não fosse o gol da salvação, o camisa 9 faria questão de não guardar. 

Diferente do que foi milagrosamente estampado no jornal, a história integral só não foi esquecida de vez porque os integrantes da "Boca Maldita" (parte da pequena arquibancada do Barbosão, também conhecido como Campo do Anchieta, onde velhos ex-jogadores se reúnem para falar mal do presente, do futuro e um pouquinho do passado) fizeram questão de me contar.

Em 1959, pelo campeonato paulista, coube ao Taubaté de Walter tentar acabar com a invencibilidade do Santos, que tinha um menino bom de bola, um tal de Pelé.

O camisa 10 ainda não era Rei, mas já incomodava demais. Sempre foi craque. Por isso, o técnico do Taubaté pediu aos seus jogadores uma "marcação mais forte" para intimidar o garoto.
Embora calçasse 37-38, Walter Prado era um rapaz alto e robusto. E, naquela altura do jogo, bastante irritado também. O aspirante a rei já tinha feito um gol e estava distribuindo fintas e canetas nos adversários.

Já sem paciência, o atacante do Taubaté esperava o momento certo para dar um bote e machucar Pelé. Parecia que seria numa batida de lateral. Estava tudo planejado: a cobrança seria feita, Pelé receberia a bola e ele chegaria forte por trás e jogaria o santista no alambrado.
Mas não deu muito certo. Percebendo a maldade, Pelé deu um balão fantástico em Walter e foi ele quem foi parar no alambrado, bem em frente aos jornalistas e fotógrafos.
Foi uma cena tão humilhante, mas tão humilhante que ganharia todas as capas de jornal do dia seguinte.

E só não ganhou porque o Walter Prado se redimiu com um belo gol de cabeça, estufando as redes de Manga, e o Taubaté empatou com o Santos, que até aquela partida não tinha sentido o sabor diferente ao da vitória. 

É bem verdade que o alvi-azul paulista já não tinha muita pretensão no campeonato e que a partida não valia muita coisa, mas, pelo menos para Walter, foi o gol da salvação... pessoal!
Se não fosse por ele, o caprichoso camisa 9 não poderia comprar nenhum jornal na manhã do dia após a partida.

Série: Futebol é conteúdo de sala de aula, SIM! (Parte 1)

Inaugurando a série "Futebol é conteúdo de sala de aula, SIM!" aqui no blog que trará atividades que são implementadas em classe ou que poderiam ser inseridas em sala de aula, usando sempre o futebol, como meio para explicar algum conteúdo específico. A foto abaixo traz duas questões da prova História eferente a América Latina, da turma do oitavo ano fundamental da Professora Carlize Schneider do Colégio Dois Mil da terra do Luverdense Esporte Clube da cidade de Lucas do Rio Verde do estado do Mato Grosso.


Então, alguém ainda duvida que futebol pode/deve ser conteúdo de sala de aula? Aproveitando o espaço, segue uma reportagem realizada pelo coletivo audiovisual Moinhos de Vento em seu webprograma ÉÉÉÉSPORTE!Web programa que tem o intuito de mostrar várias facetas do esporte, focando nos bastidores e na questão cultural, dando vazão a outras modalidades além do futebol. Mas nesta matéria, o título é bem sugestivo: Futebol na Biblioteca referente ao curso de extensão realizado na Biblioteca Pública de Niterói, A História do Futebol no Rio de Janeiro: do amadorismo ao profissionalismo (1902-1937) ministrado pelo Professor Doutor Renato Coutinho, na Biblioteca Pública de Niterói/RJ.


Coutinho foi enfático na sua fala durante a entrevista defendendo a inserção do esporte bretão como meio didático, até porque, o futebol como já é de conhecimento geral, faz parte da cultura brasileira ou seja, torna-se mais próximo do cotidiano dos alunos. Vale ressaltar que o futebol nas escolas não é para estudar as táticas mas sim, o extra-campo: geopolítica, regionalidades, urbanização, trabalhismo (como fizeste Coutinho em seu curso) e por ai vai... 



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sábado, 15 de agosto de 2015

Esporte e Mídia: Novas Perspectivas - A Influência da obra de Hans Ulrich Gumbrecht

O evento acontecerá no dia 24 de agosto, às 18h, no Auditório da Pós-Graduação em Comunicação (Bloco F, sala 10.121) na UERJ campus Maracanã. 

Clique na imagem para vê-la ampliada

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Uma visita ilustre que entrou para história

Ontem (06), foi decretada oficialmente a minha parceria com o colunista Alex Wölbert responsável pela coluna "Memória - História e curiosidades da região" no Jornal Extra do Rio de Janeiro.

Clique na imagem para visualizá-la melhor
Sendo assim, Wölbert e eu, iremos revezar nossos textos, no meu caso, não todos, mas a maioria serão sobre esportes abordando sempre seu lado histórico, que é uma das vertentes que já trabalho aqui no EsporteGrafia.  A matéria de estreia: Uma visita ilustre que entrou para história já foi abordada aqui no blog: O dia que Mané Garrincha jogou em São Gonçalo/RJ  mas como sempre, qualquer assunto que envolva o Garrincha merece destaque, tão logo, esse texto foi o escolhido para ser o pontapé inicial nessa parceria que promete ser duradoura. Em tempo, para quem ainda não assistiu a reportagem, basta clicar no vídeo abaixo.



domingo, 2 de agosto de 2015

O dia em que o Grêmio perdeu, mas ganhou...


No primeiro dia de agosto, o Grêmio enfrentou no Maracanã, o Fluminense de sua revelação, Ronaldinho Gaúcho que fazia sua estreia. Os tricolores das Laranjeiras venceram a partida pelo placar mínimo de um a zero, gol de Marcos Junior, um garoto revelado em Xerém. 

Clayton Grilo: ex-jogador do Grêmio e atual gestor do
COT - Centro de Oportunidade ao Talento
Foto: Wemerson Peu de Freitas
Mas, antes dessa partida das 18h, a história dos gaúchos no Rio de Janeiro começou pela manhã, na região metropolitana do Estado, mas precisamente na cidade de São Gonçalo, no Campo do Cruzeiro onde o projeto social, Centro de Oportunidade ao Talento faz seus treinos, o COT é um projeto social comandado por Clayton Divina que começou sua carreira no São Cristóvão e foi parceiro de ataque de Ronaldo Fenômeno, após se destacar na antiga Copa Mané Garrincha infantil em 1992, como melhor jogador, em seguida, Clayton trocou o estádio da Rua Figueira de Mello do São Cri Cri para o estádio Olímpico do Grêmio porto alegrense, por lá, ele ganhou o apelido de “Grilo” (por fazer barulho e não deixar ninguém dormir na concentração).

Roger Machado tirando foto com um jovem atleta do COT -
Foto: Wemerson Peu de Freitas
Embora sua passagem em Porto Alegre tenha sido curta. Clayton Grilo participou da campanha do título gaúcho de 1993 e manteve amizade com grandes nomes da história gremista, tais como o ex-goleiro Danrlei e o atual treinador Roger Machado que também defendeu as cores azul, branca e preta. Valendo-se disso, Grilo busca utilizar esses contatos como fonte de inspiração para os jovens de seu projeto que sonham em jogar futebol, vale destacar, que o trabalho do COT estimula aos jovens a estudarem e não apenas concentrarem seus esforços no mundo do futebol que é bastante ingrato, ao mesmo tempo em que aflora e incentiva essas crianças a praticarem e amarem esse esporte bretão, os colocando em atividade numa área carente de São Gonçalo.

Atletas mirins do COT recebendo os ingressos para assistirem
Grêmio x Fluminense no Maracanã
Foto: Wemerson Peu de Freitas
COT entrando subindo a rampa do Maracanã com a bandeira do Grêmio
Foto: Wemerson Peu de Freitas
Naquela manhã, havia uma promessa a se cumprir, pois durante a semana anterior alguns garotos do COT foram selecionados para conhecer os jogadores do Grêmio em Copacabana no hotel onde estavam hospedados, chegando ao local, como já era de se esperar as crianças ficaram boquiabertas, quando Roger, o treinador gremista apareceu e começou a perguntar para cada um qual posição que jogava.

Todos, sem exceção respondiam entusiasmados e com os olhos brilhando como estivessem sendo relacionados para a partida daquela tarde diante o Fluminense, clube do qual, já foi o clube de coração de Clayton, que depois de ter se tornado “Grilo” virou gremista apaixonado, a ponto de montar o projeto com cores tricolores e busca sempre associar seu projeto social à agremiação gaúcha.

Erazo e Barian Rodriguez com os jogadores da escolinha de futebol do COT 
Foto: Wemerson Peu de Freitas
Naquela manhã no saguão do hotel, ele, a comissão técnica e os atletas mirins do COT foram convidados para assistir ao jogo no Maracanã. Embora o resultado final tenha sido um revés aos gremistas do Sul e do Rio, o Grêmio ganhou fora de campo, admiração, futuros torcedores e um celeiro de crianças que sonham em jogar futebol, como apontou o vice-presidente de futebol do Grêmio, Cesar Pacheco, embora o COT e o Grêmio não tenham uma parceria oficial, entretanto se comunicam.

Tendo em vista que para se tornar um atleta profissional de futebol é bastante remota, o técnico Roger, e os jogadores Erazo e Braian Rodriguez aconselharam aos pequenos sonhadores que ouviam atentamente que deveriam estudar acima de tudo.

Comissão Técnica e Atletas Mirins do COT no Maracanã 
Foto: Wemerson Peu de Freitas
Segue reportagem abaixo:


quinta-feira, 30 de julho de 2015

Tijuca + America = José Trajano

José Trajano somou suas duas paixões: o bairro carioca, Tijuca e seu clube de coração America, essa soma teve como resultado, o seu segundo livro: "TijucAmérica - Uma Chanchada Fantasmagórica" na Livraria da Travessa em Ipanema no Rio de Janeiro.

A torcida do americana marcou presença assim como torcedores de outros clubes e a imprensa. Assista a reportagem abaixo:



O CRAQUE DO TÁXI

Por Victor Escobar

Anchieta é um bairro muito futebolístico. Nas manhãs de domingo, por exemplo, muitos ex-jogadores são facilmente encontrados nos campos e nos bares das redondezas. A maior concentração fica, sem dúvida alguma, no Bar do Raimundo, cujo dono é um simpático tricolor. A quantidade de craques do passado reunidos por metro quadrado chega a superar o número de entusiastas, saudosistas, veteranos das equipes acima de 50 anos, jogadores de sinuca, pagodeiros falidos, torcida, funcionários dos clubes e alcoólatras que se reúnem nos campos do Anchieta e do Mocidade juntos. 
Lá no seu Raimundo, entre as recordações de Zeca Coimbra, o maior craque do Esporte Clube Anchieta, e pedidos de cerveja fiado, tive a oportunidade de conhecer Almir, um senhor octogenário que passou por todas as divisões de base e começou a carreira de jogador profissional no gramado do Anchieta. 

Na verdade, ele só era chamado pelo seu nome de verdade fora de campo, porque dentro dele o jogador era conhecido como "Branco". Mas ele explica: na época, quando foi promovido à equipe profissional, subiu com ele um xará. Então, para diferenciar um de outro, ele ficou sendo o Branco e, o outro, o Preto. Assim ninguém nunca mais os confundiu. 

Foi lá também que descobri que o bairro é uma verdadeira fábrica de craques. Os nomes do passado não paravam de surgir. Alguns chegaram à seleção brasileira. Outros, à Europa. Mas nunca saíram de Anchieta. A lista é enorme: Murilo e Foguete, craques do Flamengo; Quincas, fantástico ponta esquerda do Fluminense de 51; Joel, beque do Botafogo que depois se tornou técnico...

Até que eu ouvi falar de Walter Prado, um veloz centroavante que chegou a ter uma carreira de sucesso. Para muitos, ele foi um dos maiores atacantes de Anchieta, se não o maior.  Depois de ser descoberto pelo Esporte Clube Royal e de não ter sido valorizado no Flamengo, o camisa 9 se consagrou como um dos maiores jogadores da história do Bonsucesso, passou pelo Fluminense, Palmeiras, Náutico, por diversos times de São Paulo, e, pasmem, bateu bola até na União Soviética.
Mas mal sabia eu que o mítico Walter Prado foi nada mais nada menos do que o taxista do meu saudoso avô.

Sim, o atacante que estreou pelo Juventus-SP com um golaço no amistoso contra o temido Jabaquara, no final da vida, foi fiel taxista do meu avô!  Como isso foi acontecer, ainda não descobri. Mas, pelo menos, quando pequeno, tive a oportunidade de andar no táxi de Walter Prado, um dos maiores atacantes, se não o maior, da história de Anchieta.


(FOTO: Recorte do jornal A GAZETA ESPORTIVA, de 11 de fevereiro de 1963. Acervo da família de Walter Prado)

domingo, 19 de julho de 2015

Mesa Redonda

Por Victor Escobar

Os mais chegados sabem muito bem da minha predileção por programas esportivos, principalmente as mesas redondas que discutem o campeonato no final da rodada, no domingo à noite. Bom, esse modelo é consagrado historicamente: em 1963, na TV Rio, surgiu a primeira mesa redonda da televisão com um programa apresentado por Luiz Mendes, que se chamava "Grande Resenha Facit", do qual faziam parte os saudosos e geniais Nelson Rodrigues, João Saldanha e Armando Nogueira. 

O mais engraçado é que eu não vejo apenas pela análise das partidas. Se isso não fosse o motivo do programa, juro que nem perceberia. Parece, para mim, que as partidas são apenas um pretexto, um pano de fundo, para aquilo tudo. 

Eu gosto mesmo dos embates, das baixarias, das visões peculiares e dos detalhes que cada pessoa acaba tendo sobre determinado lance, sobre determinada partida. Mas, confesso, o carro chefe, para mim, são as paixões incubadas dos comentaristas, que por vezes não podem declarar sua torcida por algum time e tentam compensar com defesas ferrenhas e comentários bondosos.

Embora essa paixão me acompanhe desde a infância, ela ficou abalada depois que descobri a "boca maldita". Esse lugar, independente do nome, não tem nada de sombrio. Muito pelo contrário, é honesto até demais. Ele é a entrada para a pequena arquibancada do Anchieta Futebol Clube, por isso que é carinhosamente chamado de boca. Nos dias de jogo, a estrutura de concreto fica abarrotada de velhos saudosistas do clube, cuja faixa etária varia de 65 a 90 anos. 

Como eles viveram os áureos tempos do Anchieta, o prazer coletivo é contar as histórias das grandes conquistas, alguns fatos inusitados, relembrar os pomposos uniformes e, claro, sacanear e esnobar os atuais jogadores. Aquilo sim é uma verdadeira mesa redonda.








sexta-feira, 10 de julho de 2015

Quando os jogadores de futebol não são mais seus ídolos...

"Quando criança, você vê os jogadores como ídolos e heróis, depois na pré-adolescência e adolescência, você quer ser como eles... Depois já mais jovem, você tem a idade deles, e eles não são mais os seus heróis.
Aí chega a fase que você poderia ser pais desses moleques... e no final você tem idade pra ser avô deles... E toda a relação com o herói e ídolo vai diminuindo com o tempo".

Crédito: 
Eduardo Monteiro/Revista Placar
Em 1999, Flamengo de Romário venceu o São Paulo por 1 x 0. Caio fez o gol do Flamengo


quinta-feira, 9 de julho de 2015

Campanha da Infraero: “Troque sua Pipa por uma Bola”

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) reforçando o imaginário do quanto o futebol está entranhando na cultura brasileira publicou em sua página no Facebook fotos da campanha realizada no estado do Pará: “Troque sua Pipa por uma Bola” com um pequeno texto informativo:

Você conhece o projeto “Troque sua Pipa por uma Bola”? A 2ª etapa está marcada para quinta-feira (9). Em sua 12º edição a campanha, que é realizada pela administração do aeroporto de Belém, foca no trabalho de conscientização de famílias da comunidade do bairro da Pratinha I. O objetivo é mostrar os riscos da brincadeira com a pipa para a segurança aeroportuária. Que tal? Gostou da ação?#Conscientizar para transformar. #Belém#TroqueSuaPipaPorUmaBola 





Cuba: Onde o futebol pode ser desaforo...

A primeira vista esse título pode soar estranho. Afinal, o futebol é o esporte mais popular do mundo porém, não é bem assim em Cuba, onde o coração bate mais forte quando o assunto é beisebol. Na matéria do repórter Pedro Gomez da ESPN mostra senhores torcedores ferrenhos conhecidos como "cientistas da bola" em uma praça discutindo sobre beisebol e revoltados por falta de informação dos "traidores" ou seja, jogadores cubanos que jogam a MLB (Major League Baseball) a liga principal de beisebol dos EUA. Eles conseguem assistir a alguns jogos, mas não são transmitidos ao vivo na ilha cubana e são exibidos às vezes com dias de atraso e quando aparece algum lance dos "traidores", as suas jogadas são censuradas. 

Outra indignação destes cubanos é o fato do governo cada vez mais incentivar a prática do futebol no país, incentivo do qual causa repulsa nesses tradicionais "cientistas da bola." Enfim, confiram a reportagem abaixo:




quarta-feira, 8 de julho de 2015

A falácia da geração ruim

Por Renan Castro

Após dois fracassos seguidos da Seleção Brasileira e o aniversário de 1 ano do #7a1, borbulham na imprensa esportiva diagnósticos que tentam decifrar as razões para o declínio do nível do nosso futebol. Entre as várias hipóteses, algumas são consenso: A falta de planejamento nas categorias de base e no profissional, a ordem capitalista mundial que nos relega à periferia do mundo e nos impede de resistir às investidas dos clubes de fora pelos nossos melhores jogadores, a desatualização tática, o despreparo psicológico de nossos atletas, entre outras.

Não é meu objetivo apontar as mudanças estruturais que devem ser feitas fora de campo, que são muitas, e dariam um post bem mais extenso que este. Vou me ater aos problemas dentro de campo, onde  uma tese em especial muito repetida, me incomoda bastante: A de que temos uma geração ruim. Meu incômodo ganhou mais embasamento ainda depois que vi o levantamento trazido à luz pelo sempre ótimo 'Trivela', que mostra que nossos jogadores estão entre os melhores do mundo na maioria das posições, de acordo com os critérios objetivos usados na pesquisa.

Não vou tentar comparar essa seleção com a que tínhamos há dez anos, cheia de craques consagrados, o que nos dava essa sensação de “termos um time” e vários caras que poderiam resolver o jogo a qualquer momento. Nas Copas de 1998, 2002 e 2006, tínhamos ao menos três homens no time titular capazes de nos salvar em situações difíceis, como várias vezes fizeram. Por conta dessas comparações, muitos chegam à conclusão simples de que essa geração está fadada ao fracasso por não ter esses caras, e depender apenas do Neymar, hoje o único considerado craque da Seleção.
Esse argumento se desfaz ao observarmos onde jogam e como jogam alguns jogadores que fazem parte frequentemente do grupo da Seleção Brasileira hoje:

Jefferson – Botafogo
Danilo ou Daniel Alves – Real Madrid ou Barcelona
Thiago Silva – PSG
Miranda – Inter de Milão
Marcelo – Real Madrid
Luiz Gustavo – Hoffenhein
Oscar - Chelsea
Willian - Chelsea
Firmino - Liverpool
Phillipe Coutinho - Liverpool
Neymar – Barcelona

A partir dessa lista conseguimos observar duas coisas: 1 – Nossos jogadores jogam nos melhores clubes da Europa, são destaques e titulares. 2 – Enquanto sobram atacantes e jogadores de defesa, faltam jogadores de meio-campo protagonistas, para dividir a responsabilidade com Neymar pela criação das jogadas e para decidir os jogos.

Se nossos jogadores jogam bem fora do país em seus clubes, por quê isso não acontece na Seleção? A questão tática aparece iluminada como a resposta certa a essa pergunta. Durante um jogo, o jogador, salvo raras exceções, faz aquilo que o técnico manda, somente. E nessa área temos Dunga e outros técnicos ultrapassados que ainda trabalham e têm muito mercado, com muita moral, em times da série A do Brasileirão.

Negueba em sua época de Flamengo até então, uma "promessa".
A falta de meias se relaciona diretamente com a formação de nossos jogadores. Há um tempo li uma crônica do Tostão sobre isso, na qual ele falava sobre o nosso país de “Neguebas”. Nada contra o atacante da alegria nas pernas, mas o nome dele foi usado naquele texto para exemplificar como viramos reféns de um estilo de jogo baseado mais na força física e na velocidade do que no talento. Com isso cada vez mais surgem jogadores como Negueba, Cirino, Bernard, Osvaldo, Rhayner, e menos Gansos, Lucas Limas e Gérsons.

E Dunga justifica a opção por este tipo de jogador no esquema tático que usa na Seleção desde que assumiu em 2006, e quando reassumiu no ano passado: Um time rápido nos contra-ataques, que tem boas exibições contra times que agridem, mas que não é capaz de propor o jogo contra times fechados.


Este não é um diagnóstico definitivo, nem uma defesa de um técnico estrangeiro no comando da seleção, longe disso. Temos pessoas preparadas para assumir a Seleção e que, provavelmente conseguiriam impor um padrão tático mais consistente, que mude a o conceito de jogo e faça a Seleção propor mais o jogo e não privilegiar apenas volantes fortes e jogadores de velocidade pelos lados do campo. Essa mudança só será efetiva se acontecer junto com mudanças estruturais radicais em nosso futebol.